"Ela tinha um sorriso cínico, sangrava muito, mas não dizia um ai. Somente ria como se pudesse, a qualquer momento, soltar uma piadinha do mais alto nível de humor negro. A paciente era eu. Naquele momento, eu me achava provocativa. Sentia que estava bonita. (...) Fiquei lá, sentada na maca, rindo orgulhosa, como quem diz: olha a nova que eu aprontei hoje. Eu gosto de provocar. Eu sempre sei quais são os calos de um pai de família. Eu provoco qualquer um."